quinta-feira, 25 de março de 2010

Como alimentar as crianças?


Quando a Pietrinha tinha 5 meses comecei a me questionar, será que ela tem fome? Porque ela estava com aquele problema do sono, mamava muito, e dormia pouco.

A pediatra mandou dar Aptamil, mas ela não pegava na mamadeira, então consultei o site do ministério da saúde, pois cada um falava uma coisa sobre a alimentação do nêne e eu já estava ficando doida.

O ministério da saúde informa que a amamentação deve ser exclusiva até os 6 meses, mas como a Pietrinha não pegava na mamadeira, e não dormia muito achamos que ela estava com fome, começamos a dar a papinha feita em casa, pela mamãe com muito amor.

No começo ela comia bem pouquinho, depois foi aumentando gradativamente, até comer um pratão, mas aos 7 meses ela pegou na mamadeira, e diminuiu a quantidade de comida.

Segui as dicas do Ministério da Saúde que diz que não é necessário peneirar, nem bater no liquidificador a papinha. Somente amassar com o garfo para que o nene possa sentir a textura dos alimentos e já ir conhecendo os gostos de cada um.

Hoje com 8 meses ( só 2 dentinhos de baixo) ela já come a nossa comida, é claro que eu me preocupo em colocar somente alimentos naturais e pouco sal, nada de industrializados para que ela possa nos acompanhar nas refeições e também ainda amasso um pouco com o garfo.

Achei interessante o artigo abaixo:

Diversos fatores contribuem para a obesidade infantil. Por exemplo, as crianças estão mais propensas a ficar acima do peso se tiverem:

- sido mal nutridas durante a gestação;
- se vierem de famílias de baixa renda;
- se os pais fumarem;
- se sofrerem de depressão e;
- se tomarem determinados medicamentos como esteróides.

Obviamente, a causa definitiva da obesidade - tanto em adultos quanto em crianças - é o consumo de um número de calorias maior do que o organismo precisa. A prática regular de atividade física e a ingestão de menos calorias são as únicas formas eficazes de evitar e reduzir o excesso de peso corporal.

O que faz algumas crianças ingerirem mais calorias do que necessitam? A genética influencia cerca de 5% de todos os casos de obesidade. Em outras palavras, uma em cada vinte crianças obesas nasceu com a incapacidade de sentir quando chegou a hora de parar de comer. Se este problema for identificado desde cedo, médicos e nutricionistas podem intervir e ajudar a administrar o problema. Todas as outras pessoas parecem ter nascido com a capacidade de saber quando é a hora de parar.

Os bebês que são amamentados ao peito ilustram perfeitamente nossa noção natural de "saciedade". Eles tendem a parar de sugar quando estão satisfeitos (muitos sinalizam tal satisfação via soneca) - e as mães normalmente ficam aliviadas quando isso acontece. Muitos pais que alimentam seus bebês com mamadeira, por outro lado, costumam estimulá-los a beber todo o seu conteúdo, independentemente da saciedade dos filhos. Resultado: os bebês que não são amamentados no peito materno têm mais probabilidade de se tornarem crianças obesas, talvez por terem aprendido a ignorar os sinais que lhes dizem quando parar.

Nossos sinais internos de apetite não se restringem à quantidade de alimentos que consumimos. Um experimento realizado com bebês alimentados com mamadeira mostrou que, às vezes, eles conseguem sentir quando já ingeriram calorias suficientes. Os pesquisadores do experimento variaram o conteúdo calórico do leite dos bebês e, surpreendentemente, descobriram que a quantidade de leite que os bebês tomavam variava de acordo com os valores calóricos: quanto mais calorias, menos eles bebiam.

Diversos pesquisadores investigaram a noção, em crianças e em jovens, de quando parar de comer. Alguns estudos sugerem que as crianças ouvem os sinais de apetite do próprio organismo até mais ou menos os três anos de idade, enquanto outros sugerem que, desde os dois anos, as crianças já perdem o contato com esta importante habilidade. Em todos os casos, descobriu-se que as crianças comiam menos quando se serviam - em outras palavras, quando decidiam qual o tamanho ideal da sua porção.

Os alimentos e a televisão

Um dos fatores envolvidos no problema crescente da obesidade, o hábito de assistir televisão, parece ser um dos mais importantes. Um estudo britânico, realizado pelo Dr. Russell Viner, do University College, em Londres, e publicado em 2005. monitorou os padrões que envolviam o ato de assistir televisão em quase 11 mil pessoas desde o seu nascimento, em 1970. Uma descoberta surpreendente foi que o risco de obesidade na vida adulta aumentava 7% para cada hora adicional passada diante da televisão no fim de semana aos cinco anos de idade. E, quanto mais televisão as pessoas, quando crianças, assistiam, mais sedentárias se tomavam quando adultas.

A associação entre assistir televisão e obesidade infantil não foi confirmada. Alguns estudos revelaram que tal associação simplesmente não existe. Mas existem três ótimas razões para acreditarmos que assistir televisão pode influenciar sim na obesidade infantil.

Em primeiro lugar, para assistir muita televisão, a criança tem que ficar muito tempo sentada ou deitada: um estudo feito pela Harvard School of Health em 2006 encontrou uma nítida associação entre o tempo passado diante da televisão e os níveis de exercício. Os pesquisadores usaram pedômetros para medir o número de passos dados por dia por habitantes de Boston, Massachusetts. Descobriram que, para cada hora diante da televisão, os participantes do estudo deram em média 144 menos passos/dia. O tempo médio que as pessoas passavam diante da televisão era de 3,6 horas, uma diferença potencial de quinhentos passos/dia. Cada passo requer o consumo de um número significativo de calorias - sobretudo durante períodos de tempo mais extensos. A pesquisa envolveu apenas adultos, mas a descoberta - de que quanto mais tempo você passa diante da televisão, menos calorias você queima – obviamente também se aplica às crianças.

A segunda forma de prever que assistir televisão pode aumentar a obesidade é por meio da propaganda. Uma grande proporção dos comerciais veiculados durante os programas infantis anuncia biscoitos, chocolates e outros alimentos processados, bem como lanchonetes de fast food. Na Suécia, desde 1991, proibiram todos os comerciais de televisão voltados para crianças de menos de 12 anos. E, na Grã-Bretanha, várias organizações importantes estão pressionando as autoridades pela proibição dos comerciais de junk food voltados para crianças. Em 2006, o Ofcom, órgão independente regulador da indústria de comunicação, publicou um documento propondo restrições ao anúncio de alimentos e bebidas "com alto conteúdo de gordura, açúcar e sal". Os anunciantes britânicos já reduziram o número destes anúncios, mas compreensivelmente adotam uma posição de cautela em relação a uma proibição: é justo presumir que a propaganda afeta os hábitos alimentares das crianças - caso contrário, não existiria ou já teria desaparecido.

Em terceiro lugar, a televisão é uma distração. Tendemos a ignorar os sinais de saciedade quando comemos diante da TV - muito mais do que se estivéssemos comendo com o aparelho desligado. É fácil beliscar, mesmo que bem devagar, enquanto assistimos a um filme, um desenho ou novela favorita.